quarta-feira, 20 de abril de 2011

Coelhinhas do Pimenta

A páscoa está ai e nada como o coelhinho para representar bem essa época, mas para dizer a verdade eu prefiro as coelhinhas...



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Harakiri - A honra Samurai


Harakiri significa literalmente "cortar a barriga" ou "cortar o estômago.Também chamado de SEPPUKU
Ele é feito para recuperar a honra pessoal ou limpar o nome da família, caso essa honra fosse perdida em alguma atitude indigna, evitar ser sequestrado em um campo de batalha ou por pura lealdade ao daimyo e acompanhá-lo eternamente.
Era um ritual que seguia sempre a mesma ordem: o samurai banhava-se para purificar seu corpo e a sua alma. A seguir vestia a roupa específica do seppuku, totalmente branca, tomava uma xícara de saquê, sempre em dois goles, e a seguir escrevia um ou dois poemas de despedida. Então deveria ajoelhar-se e enfiar sua tanto, wakizashi ou um punhal, na barriga, no lado esquerdo, e cortá-la então, até o lado direito deixando assim as vísceras expostas para mostrar sua pureza de caráter e no fim puxar a lâmina para cima, fazendo assim um corte em cruz. O seppuku era horrivelmente doloroso, mas o samurai, de acordo com o seu código de honra, não podia demonstrar dor ou medo ao realizá-lo.

No mundo dos guerreiros, seppuku era um feito de bravura que era admirado em um samurai que sabia haver sido derrotado, caído em desgraça ou mortalmente ferido. Significava que ele poderia terminar seus dias com os seus erros apagados e sua reputação não apenas intacta como engrandecida. O corte do abdômen liberava o espírito do samurai da forma mais dramática, sendo uma forma extremamente dolorosa, lenta e desagradável de morrer. Não raro, o samurai, após abrir o ventre, permanecia vivo por horas ou mesmo dias, esvaindo-se em sangue e ao mesmo tempo sentindo uma dor indescritível. Por isso, algumas vezes o samurai que o fazia pedia a um companheiro leal que fosse seu assistente e lhe cortasse a cabeça antes que esta pendesse ou que demonstrasse não estar mais suportando a dor, o que seria considerado uma desonra tanto para o que cometeu seppuku quanto para o assistente. O assistente precisava ter um domínio magistral da técnica da espada para que fosse chamado a executar essa função, pois ao degolar o companheiro, a cabeça deste não podia rolar para o chão, o que seria considerado um desrespeito ao mesmo e a seus familiares. Assim, o corte executado pelo assistente só podia abrir a garganta do samurai, jamais romper suas vértebras. Daí a necessidade do companheiro que assistia o samurai suicida ser um exímio espadachim. Esse ato era chamado de kaishaku.
Dentre os motivos para cometer seppuku está a falha ao servir seu senhor ou perda da honra por qualquer motivo. Se o senhor do samurai fosse derrotado na guerra e o samurai não cometesse seppuku, nenhum outro senhor iria contratá-lo. Nessas circunstâncias, ele estaria renunciando publicamente à classe dos Samurais e passaria a ser chamado de ronin(outra possível pronúncia é "Rounin"), cujo sentido literal é "homem-onda" pois, tal como as ondas do mar, viveria sem destino certo, normalmente realizando pequenos serviços para os senhores mais abastados ou ensinando a técnica da luta com espadas a quem se interessasse


Seppuku é uma parte chave do Bushido, o código dos guerreiros samurais. Era utilizado pelos guerreiros para evitar cair nas mãos dos inimigos, ser usado por inimigo e para atenuar a vergonha que isso causaria. Os samurais podiam também receber ordens dos daimyo (senhores feudais) para que cometessem seppuku. Guerreiros que caíssem em desgraça também tinham permissão por vezes para cometer seppuku ao invés de serem executados. Como o principal ponto do ato era a restauração ou proteção da honra do guerreiro, os que não pertenciam a ordem dos samurais não eram obrigados e não se esperava que cometessem seppuku. Samurais mulheres somente poderiam cometer esse ato com permissão.


Alguma vezes o daimyo era chamado para fazer um seppuku como base para um acordo de paz. Isso deveria enfraquecer o clã derrotado de forma que a resistência deveria efetivamente cessar. Toyotomi Hideyoshi usou o suicídio de um inimigo nesse sentido várias ocasiões, a mais dramática das quais encerrou a dinastia daimyo definitivamente quando Hōjō foi derrotado em Odawara em 1590. Hideyoshi insistiu no suicídio do daimyo Hōjō Ujimasa, e no exílio de seu filho Ujinao. Com um corte de uma espada a mais poderosa família de daimyos do Japão teve o seu fim.


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